O
CORPO
No
quarto,
sobre
a cama,
o
corpo
descansa.
Noite longa e
silenciosa.
Madrugada
fria,
tanto
quanto o corpo.
Gélidas
veias
do
corpo que não pulsa
e
tampouco deseja:
Apenas
dorme.
Corpo
inerte,
desvalido,
entregue
ao cansaço:
Nada
lhe excita.
Corpo
sem
porta, sem janela,
sem
entrada, sem saída.
Cela.
Pobre
alma é aquela
que
vela o corpo.
Acendendo
outra vela aguarda
pelo
dia da ressurreição: Em vão!
Sérgio
Fonseca