MENINAS
ADOLESCENTES
Hoje,
na hora do almoço,
sentados
a mesa no refeitório,
eu
e elas morremos de rir com as histórias
do
cotidiano das meninas adolescentes.
-
Juliana, acorda! Hoje é sábado.
Vamos,
vamos. Vou abrir a janela.
Quer
ficar dormindo até o meio dia?
Você
não faz nada!
-
Daniele, eu já te falei...
Desliga
este telefone. Guarda este celular.
Eu
vou acabar com este namoro...
Depois
você vai chorar.
-
Fernanda, você não tirou o pó!
Olha
aqui. Meu dedo está cheio de poeira.
Tirou
o pó igual a sua cara, né?
Não
vai sair enquanto você não limpar.
-
Alexandra, laaaarga estaaa porcariaaa!
Eu
vou transformar este tablet
numa
tábua de bater bife.
Você
não está acreditando... Vai estudar!
-
Gabriela, quando eu falar não me responda.
Cale
a sua boca sem retrucar.
Quem
manda aqui sou eu. Tô te falando...
Arranco
os dentes da sua boca com aparelho e tudo.
-
Vocês estão pensando que eu sou a empregada?
Eu
estou de saco cheio. Tudo eu e ninguém me ajuda.
O
dia que eu for embora desta casa...
Só
quero ver como vocês vão se virar sem mim.
Eu
e elas morremos de rir.
E
no final elas me dizem:
“Professor,
mãe é sempre assim.”
Sérgio
Fonseca