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terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher Gostosa

         Não tenho a menor pretensão de que este seja um texto brilhante ou genial. Desejo apenas que seja uma singela homenagem a todas as mulheres neste dia 08 de março de 2013: Dia Internacional da Mulher. Desejo também que ajude aos meus pares, os machos de plantão, a construírem um novo olhar para as mulheres que estão a nossa volta cotidianamente, ou que fazem parte de forma mais íntima de nossa vida.
Eu poderia iniciar minha argumentação introdutória do lugar comum. Por exemplo, falar das 130 operárias que morreram num incêndio criminoso em 1857 na cidade de Nova Yorque lutando por seus direitos; ou talvez, citando a nossa presidenta Dilma Rousseff, dizendo que as mulheres de hoje estão ocupando o seu espaço numa sociedade machista; ou quem sabe ainda, citar nomes de mulheres famosas nacional e internacionalmente para inflar o ego feminino. Seriam algumas possibilidades. Porém, abro mão de todas essas formas argumentativas para focar o meu discurso na “mulher gostosa”.  
Este ano a data comemorativa do Dia Internacional da Mulher caiu exatamente quatro dias após o carnaval. Época em que o corpo feminino está a amostra nas ruas, nos desfiles das escolas de samba, nos jornais, revistas e programas de TV. E não pensem que a partir daqui eu vá tecer um discurso moralista sobre a nudez feminina ou algo do gênero. Não é esta a minha intenção. Quero apenas compartilhar com os meus pares, um olhar mais sensível em relação as mulheres que fazem parte da nossa vida. Vamos ao que interessa?
Há uma música do Zeca Baleiro, Turbinada, que diz: “Ela fez dezessete pequenos reparos... Extraiu as rugas e pés-de-galinha... Ela botou botox, sorriso inox... Que eu paguei em doze suaves prestações... 250 ml de silicone em cada peito... Ficaram no jeito, dois belos melões... Tirou um par de indesejáveis costelas... Ficou com a cintura fina, cinturinha de pilão... Malha como louca, não marca touca... Ela tá sarada, turbinada, processada, envenenada, ela ficou uma máquina... Mas tudo que eu queria, tudo que eu queria mesmo... era uma mulher”. Quero deixar bem claro aqui, com todo respeito, que também aprecio um belo corpo feminino. Agora... mulher gostosa está muito, pra muito além da casca! Já que citei o Baleiro, cito agora Lenine: “O corpo pede um pouco mais de alma”!
Vivemos numa sociedade de consumo e numa cultura caracterizada pelo descartável. Pensamento este que influência os relacionamentos homem e mulher. Nesta perspectiva, nos deparamos com o homem e o seu “instinto predador”: doido para devorar, consumir e descartar a sua presa: a “mulher gostosa”. E não pensemos que não haja “mulheres predadoras” soltas por aí. Mas esse papo fica para depois. O que desejo destacar com o que tenho dito até o momento, é que na maioria das vezes esse tipo de relacionamento se dá de uma forma esvaziada de vínculos afetivos. Ou seja, algo que pode gerar um prazer imediato, seguido de um vazio insustentável, que dói na alma. A primeira, segunda ou terceira vez é possível que nem gere dor e sofrimento. Contudo, ninguém passa de cama em cama impunemente. No fundo, homens e mulheres desejam ser amados por alguém.
Eu dei uma volta para falar da “mulher gostosa”... Voltemos à ela. A pouco tempo ouvi uma jovem mulher me dizer que ela não queria ser vista como um “pedaço de carne”, como aconteceu em certa ocasião. E na verdade, boa parte do universo masculino, não consegue enxergar a mulher na sua plenitude, mas apenas uma figura dotada de bunda e seios. Homem é bicho bobo: vive boa parte da sua vida a procura da “mulher gostosa”. Por outro lado, algumas mulheres se transformam numa “máquina turbinada” para ser o objeto de desejo e encantamento do “predador”: que usa e descarta na maioria das vezes.
Creio que nós homens precisamos rever nossos valores e conceitos para escolhermos a mulher ao invés da máquina. Escolher a mulher significa valorizá-la como um todo. Isso me fez lembrar agora do Mel Gibson, no filme “Do Que As Mulheres Gostam”. Precisamos aprender a ouvir um pouco mais as mulheres.
Ser uma “mulher gostosa” não tem a ver necessariamente em ter um corpo perfeito. Existem “mulheres gostosas” de vários tipos: altas, baixas; magrinhas, gordinhas; loiras, ruivas, negras, brancas e morenas; mais novas, mais velhas, enfim... Para ser gostosa, em primeiro lugar é preciso saber-se mulher e ter consciência de si: Saber da sua feminilidade; saber da sua potencialidade; apostar nas suas qualidades; saber lidar com sua força e ternura; seu companheirismo e parceria; deixar aflorar seu bom humor; aprender a dizer o que deseja; desencanar um pouco mais quanto ao corpo; saber que a medida em que envelhece pode sim continuar sendo gostosa e sensual; cultivar o desejo de se enfeitar, cuidar de si e estar bonita; colocar um sorrisão no rosto e ir para a vida. Mulher gostosa é aquela que em primeiro lugar tá de bem consigo e com a vida. E cá pra nós... Uma mulher assim, que aprende a gostar de si fica muito mais confiante, gostosa, bonita e sensual.

Feliz Dia Internacional da Mulher!!!

Sérgio Fonseca



2 comentários:

  1. Meu amigo....Belas palavras.... Um olhar singelo, cheio de verdade..... Em nome de tantas mulheres,obrigada!

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  2. Adorei, querido! bjssssssssssss e obrigada pela parte que me toca! rs

    Carla Paes Leme

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