VIRANDO CAMBALHOTAS
Desce daí menino!
Você vai se esborrachar...
O que você está fazendo?
Vou falar pra sua mãe.
Largue a saia da menina,
assanhado.
Moleque levado!
Pare de fazer perguntas!
Quer saber de tudo... Pra quê?
Sossega!
Não toque o sino da capela.
Pare de apertar as campainhas.
Olhe os carros nas ruas
com esta bicicleta.
Quando seu pai chegar...
Eita menino atentado
do cabelo pixaim!
Moleque
que não cessa, não pára.
Moleque
que não cala, não cansa.
Moleque
que desassossega os outros
com perguntas sem respostas.
Moleque
insatisfeito que vive provocando a
vida.
Moleque atentado!
Agora mesmo ele está aqui:
Virando
cambalhotas dentro de mim.
Sérgio
Fonseca
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