Nunca fui poeta.
Romântico, as vezes
Sonhador, sem medida
Encantado com a vida, sempre!
No entanto,
Jamais soube fingir
A dor que deveras sentia
Com a beleza que Pessoa fingia.
E se no meio do caminho,
Como Drummond,
Encontro uma pedra
Caminho!
Nunca fui poeta.
Tonto, às vezes
Dono de sonhos sem fim
Perseverante, sempre!
Quem me dera ter provado
Os lábios de mel de Iracema!
Mesmo sem ter provado e sem ser poeta
Insisto em fazer poemas!
Nunca fui poeta.
No entanto, hoje finjo
Mais sonhador que nunca
Encantando-me com a vida, sempre!
Sérgio
Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário