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sábado, 19 de março de 2011

O Jogo do Contente


Você já ouviu falar na história de Pollyanna? É um romance de Eleanor H. Porter, publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infanto-juvenil. O título refere-se à protagonista, Pollyanna Whittier, uma jovem órfã que vai viver em Beldingsville, Vermont com sua única tia viva, tia Polly.

A filosofia de vida de Pollyanna é centrada no que ela chama "o Jogo do Contente", uma atitude otimista que aprendeu com o pai. Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos. Isso se originou com um incidente num Natal, quando Pollyanna, que estava achando que ia ganhar uma linda boneca, acabou recebendo um par de muletas. Imediatamente o pai de Pollyanna aplicou o jogo, dizendo a ela para ver somente o lado bom dos acontecimentos — nesse caso, ficar contente porque "nós não precisamos delas!"

A tia Polly era uma pessoa de atitudes severas. Em certa ocasião, a tia colocou Pollyanna num sótão abafado, sem tapetes ou quadros: ela exultou com a bela vista que se descortinava daquela altura. De outra feita, quando a tia tentou puni-la por estar atrasada para o jantar, dizendo que só iria comer pão e leite, na cozinha, com a cozinheira Nancy, Pollyanna agradeceu-lhe entusiasmada, porque ela gostava de pão e leite, e também gostava de Nancy. Tudo estava sempre bom e maravilhoso para Pollyanna!
        
         Creio que o “jogo do contente” de Pollyanna é semelhante ao “mundo do faz de conta” que algumas pessoas criam, na tentiva de lidar com a realidade. Gente que finge estar bem, quando as coisas não estão bem. Gente que fecha os olhos para a realidade. 

Queridos, que ninguém me entenda mal! Quem me conhece de perto sabe que eu sou um otimista de carteirinha: Sempre acredito em novas possibilidades na vida. Contudo, nunca fecho os meus olhos para a realidade a minha volta. Eu não creio em Papai Noel, tampouco em coelhinho da páscoa. Minha falecida vó Alzira, amante dos ditos populares, dizia que “o pior cego é aquele que não quer ver”.

         Sendo assim, quando as coisas não vão bem em nossa vida, não podemos fechar os olhos, brincar de “jogo do contente”, ou mesmo viver num mundo de “faz de conta”. É preciso atitude para transformar aquilo que não vai bem. No entanto, só toma atitude na vida quem tem coragem! Quem não tem... Vive como Pollyanna.
          
Sérgio Fonseca

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