AMOR
DE ÍNDIO
O
amor é coisa
de
deixar a gente tonto.Tanto, que me vejo índio
ao ponto de amar a sua mata,
de querer desbravar a sua floresta,
percorrer trilhas que me levem as suas fontes,
só pra beber das suas águas.
Minha
flor de formosura,
deixa
eu deitar minha piroga no seu leito?Deixa eu navegar nesse afluente
turbulento sem destino?
Mergulhar nessa pororoca de segredos
e provar as doces águas do seu rio...
Navegar eu preciso!
Meu
amor,
não
me leve a mal,mas a carne é fraca
e a fome é tanta,
que eu sou índío canibal:
Meu Peri em sua Ceci,
pirirí e pororó e etc e tal.
Retesado
o
arco do desejo,entre trocas de carícias
e milhares de beijos...
Disparo a minha flecha,
que rasga a sua fresta,
acertando no ponto:
E a gente faz festa!
Sérgio
Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário