DO
CÉU AO CHÃO
Amanheceu
um dia lindo!
Nem
mesmo o tempo nublado
roubava
a beleza daquela manhã.
Tudo
era perfeito, quase um sonho:
Caminhava
nas nuvens.
De
repente, num click,
sentiu
um frio crescente na barriga e
um
enorme vazio no peito.
Perdeu
o ar. Gelou. Tremeu.
Temeu
a morte pela primeira vez.
E
o que fazer com todas
aquelas
palavras?
Engoliu-as
a seco,
com
lágrimas nos olhos.
E
o que fazer com as palavras
Que
não foram ditas?
Emudeceu.
Despencou
do sétimo céu,
sobre
o duro asfalto da realidade.
Era
um corpo inerte, sem reflexos,
sangrando
na Avenida Brasil
traspassada
por milhares de veículos.
Partiu
em silêncio.
Sem
velório, sem flores,
Sem
sequer um beijo de despedida.
Partiu
sem que ninguém desse conta.
Sérgio
Fonseca
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